Com um pênalti inexistente, o Tricolor foi derrotado para o Figueirense por 1 a 0, em Florianópolis na noite desta sexta-feira (29) e interrompeu uma série de sete jogos invicto (com vitórias) na Série B. Henan fez o gol na cobrança da penalidade, aos 26´ do primeiro tempo, lance que os jogadores do Paraná reclamaram muito na saída de campo.
O Paraná iniciou o jogo melhor. Embalado com o bom momento na competição, o Paraná chegou com perigo duas vezes antes dos 10´. Primeiro, após uma pressão que culminou em três escanteios seguidos, o goleiro do Figueirense saiu bem do gol para afastar no alto a chegada com perigo do zagueiro Maidana. No lance seguinte, Renatinho lançou Gabriel que invadiu a área, cortou para o meio e bateu rasteiro para a defesa com os pés do goleiro Saulo.
Mas o ímpeto do Tricolor parou ali. O time paranista que tem jogadores leves e constrói as jogadas ofensivas com passes em velocidade começou a sentir os efeitos de um gramado encharcado devido à forte chuva que caía em Floripa. Os passes não saíam com precisão e esse fator foi preponderante para a baixa produtividade da equipe no ataque.
O Figueira, habituado com o gramado por jogar em casa, conseguia desenvolver melhor seu jogo, de forte marcação atrás e objetividade na frente. Desta forma, o time assustou pela primeira vez depois de Dudu chegar pela direita e levantar na área na cabeça de Henan, mas o atacante mandou para fora.
Os lançamentos à área passaram a ser mais explorados pelo time catarinense, mas a zaga paranista estava atenta e bloqueava as tentativas de ataque. E aos 26´, veio o lance polêmico da partida. Ígor bloqueou na bola, a boa jogada individual de Patrick que invadiu a área e na queda dos atletas, o árbitro apitou o pênalti inexistente. Apesar da reclamação dos jogadores do Tricolor, Henan foi autorizado a cobrar e mandou no canto baixo de Richard: 1 a 0.
O Tricolor continuou com dificuldades no ataque e quase, em um levantamento dentro da área, Brock alcançou a bola para empurrar para a rede.
“Estamos muito abaixo. Jogando muito leve. Temos que voltar mais ligados”, resumiu o lateral Igor, no intervalo, depois de afirmar que não fez nada irregular no lance do pênalti.
No segundo tempo, o Paraná voltou mais ligado – como havia advertido Ígor. Passou a dominar as ações ofensivas a partir dos 10´, antes, Marco Antônio, em chute desviado pela zaga e João Lucas, em finalização, de primeira que Richard rebateu, tentaram ampliar a vantagem para o time da casa.
Contudo, o Paraná conseguiu impor seu jogo e aos 17´, Renatinho, apagado até então, de falta mandou na trave de Saulo. O Tricolor mantinha o domínio, mas não era incisivo na frente. E o Figueirense, aos 31´, avançou em contra-ataque com Careca que recebeu de Dudu perto da área e bateu forte. A bola raspou em Maidana e Richard se esticou para defender a bola em dois tempos, salvando o Tricolor.
O jogo era disputado lance a lance, mas os erros de passes comprometeram a parte técnica da partida. Foram mais de 75 passes errados – a maioria do Tricolor, o time que mais ficava com a bola.
Porém, apesar de tentar forçar o empate, o Paraná não conseguiu manter a longa série invicta e pode ao final da rodada perder a terceira posição, mas não um lugar no G-4, com os mesmos 46 pontos. Já o Figueirense sai momentaneamente, após 18 rodadas, da zona de rebaixamento.
O próximo compromisso do Tricolor, muito aguardado pela torcida que esgotou antecipadamente 40 mil ingressos, será na próxima terça-feira (03/10), contra o líder Internacional, na Arena da Baixada.
FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 1 x 0 PARANÁ
Estádio: Orlando Scarpelli, Florianópolis.
Figueirense: Saulo; Dudu, Marquinhos, Trevisan e João Lucas; Pereira, Patrick e Marco Antônio (Lucas Silva); Joãozinho, Ty Sandows (Dudu Vieira) e Henan. Técnico: Milton Cruz.
Paraná : Richard; Cristovam, Maidana, Eduardo Brock e Igor; Leandro Vilela (Zezinho), Gabriel Dias e Renatinho; Vitor Feijão (Giovanny), João Pedro (Raphael Lucas) e Alemão. Técnico: Matheus Costa
GOLS: Henan (pênalti), aos 27 do primeiro tempo (F).
CARTÕES AMARELOS: Dudu, Marquinhos e Ty Sandows (F). Gabriel Dias (P).
ARBITRAGEM: Wagner do Nascimento Magalhães, auxiliado por Rodrigo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (trio do RJ)
