Torcida do Paraná deve lotar Couto Pereira no jogo da festa do acesso; partida com o Boa marca despedida do goleiro Marcos

O torcedor do Paraná Clube não cansa de demonstrar o quanto está feliz pelo acesso do time à Série A. Nessa semana, depois de o time assegurar o retorno à elite na histórica vitória de 1 a 0 sobre o CRB no último sábado, os tricolores fizeram fila para comprar ingresso para o jogo diante do Boa Esporte que será realizado excepcionalmente – para que caiba mais torcedores – no estádio Couto Pereira, no próximo sábado, às 17h30. A partida da festa também será de despedida do goleiro Marcos, que anunciou a aposentadoria depois de ter cumprido, como gostaria, a missão de ajudar o time a voltar à primeira divisão.

O camisa 1 paranista foi o jogador que mais vestiu a camisa do Paraná, com 366 partidas e conquistou os títulos de tricampeão Estadual e o principal, do Módulo Amarelo, em 2000, equivalente à Série B. Depois se transferiu para Europa, onde atuou em Portugal e na Itália até retornar à Vila, em 2013. Ele que sofreu com lesões nesse ano e jogou poucas vezes, será titular contra o Boa Esporte. Mesmo sem jogar com regularidade, em razão de seguidas lesões, Marcão teve papel decisivo no dia a dia, dentro do vestiário, para ajudar o time na bem-sucedida caminhada nessa Série B.

Caminhada e festa

A caminhada do Paraná até o acesso foi marcada pela força da equipe na Vila Capanema, em que terminou como melhor mandante e também por percalços nos bastidores, com três trocas de técnicos. Wagner Lopes formou e fazia um bom trabalho na equipe no primeiro semestre, mas uma proposta do Japão o tirou da Vila.  A diretoria trouxe o desconhecido Cristian de Souza para substituí-lo e mesmo com um time bem organizado pelo antecessor, o “santo” do novo treinador não bateu com a dos jogadores. Sem empolgar no comando da equipe, o time rapidamente foi caindo de produção e depois de 14 jogos, Cristian foi demitido com aproveitamento de 40%. “Não é o que a gente gostaria. Primeiro gostaríamos que o Wagner (Lopes) tivesse ficado até o fim do ano. Mesmo com a troca, a gente esperava que a evolução acontecesse mais rápido, que desse resultado, mas não ocorreu. Infelizmente futebol é isso”, declarou Rodrigo Pastana, executivo de futebol do Tricolor, um dos principais responsáveis pela formação do elenco.

O substituto escolhido foi o técnico Lisca – Matheus Costa, comandou interinamente a equipe no jogo subsequente à saída de Cristian, na goleada sobre o Brasil de Pelotas por 4 a 1. O astral do time mudou da água para o vinho. A cara fechada do antecessor foi substituída pela simpatia e carisma do sucessor, conhecido como Lisca Doido. O Paraná reagiu na Série B e ainda chegou às semifinais da Primeira Liga, superando o estrelado Flamengo. Sob o comando do carismático treinador, o Paraná conseguiu quatro vitórias, dois empates e uma derrota, com 66% de aproveitamento, com 13 gols marcados e apenas quatro sofridos. Porém, um desentendimento ríspido do treinador com a comissão técnica – em que houve registro de agressão, impediu que Lisca continuasse.

O auxiliar Matheus Costa, 30 anos, viu a grande oportunidade da vida dele se abrir. E mesmo sendo o mais jovem treinador do Campeonato Brasileiro, conduziu bem o grupo para uma senhora conquista. Teve coragem de colocar o principal jogador do time, o meia Renatinho, no banco e tirar a braçadeira do capitão Brock. Arrumou a zaga, efetivando Maidana e com bons resultados escreveu com o time base formado por Richard; Cristovam, Iago Maidana, Eduardo Brock, Ígor (Rayan); Gabriel Dias, Leandro Vilela (Vinícius Kiss), João Pedro; Róbson e Alemão, o nome dele e desse grupo vencedor na história do clube.

- Anuncie Aqui -