O ibope do Presidente

www.asemananews.com.br
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Por César Graça

As pesquisas de opinião mostram uma melhora significativa do ibope do presidente Bolsonaro. Mesmo os jornais de esquerda reconhecem a melhora. A classe política está atordoada. Boa parte da mídia tradicional estava contra o presidente. E agora o que fazer?
Após um primeiro semestre muito desgastante o presidente apresenta uma grande recuperação da sua imagem. A população reconhece o trabalho do presidente como positivo. No mundo inteiro, os presidentes tiveram a sua imagem desgastada com a epidemia. Aqui aconteceu o contrário. Os efeitos da epidemia no Brasil são duros, mas menores que nos outros países. O auxílio emergencial diminuiu bastante as dificuldades para as populações mais carentes. O atendimento médico não entrou em colapso, como aconteceu em muitos países bem mais ricos que o Brasil. A queda da economia foi menor. Existe uma grande esperança da sua recuperação. O agronegócio está sendo o motor de arranque.
O pico da epidemia já passou. A tendência é de queda do número de contágios e de mortes. O exagero de notícias negativas criou um descrédito da imprensa tradicional. Muitos políticos aumentaram o número de mortes para conseguir mais verbas do governo federal. Alguns praticaram desvios das verbas públicas conseguidas. As investigações já mostram várias compras superfaturadas. Alguns governadores e prefeitos são investigados pelo desvio de verbas públicas. Entramos numa fase de acerto de contas. Como as compras foram recentes e os principais itens são bastante conhecidos, as investigações vão andar bem rápido.
Agora entramos na fase da reconstrução da economia e principalmente dos empregos. E eles terão de vir da iniciativa privada. O setor público está inchado. O governo ficou com medo de enfrentar os sindicatos do setor público por causa do apoio do Congresso Nacional. Agora, com mais apoio popular, talvez o presidente tente reduzir a gastança da máquina pública. Ficou evidente que na epidemia o setor público não quis dar nenhuma contribuição. Até tentou mais um aumento de salário, mas não conseguiu.
As privatizações foram atrasadas. A pressão política foi muito grande. O máximo que o governo conseguiu fazer foi vender algumas ações de empresas públicas em poder de bancos públicos. A privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica foi colocada de lado. A desculpa foi a queda do valor desses bancos na Bolsa de Valores. Parte das perdas já foram recuperadas, mas nada de privatização depois da recuperação.
Passada a epidemia sobrou a missão de reduzir o tamanho do Estado. A reação do Congresso aos cortes de gastos vai provocar reação da população. Ficou evidente que na epidemia os funcionários públicos e de empresas estatais foram privilegiados. Não tiveram nenhum corte de salário. Enquanto isso, no setor privado os cortes foram intensos. Muitos perderam o emprego. Os que ficaram tiveram o seu horário de trabalho reduzido e também o salário. Esse enfrentamento entre a população e os congressistas vai assustar num momento de eleições municipais. Estamos a menos de 90 dias das eleições e nada de campanha política. A impressão que dá é que os políticos estão fugindo das eleições. Ninguém quer falar do assunto.
Vamos ver qual será a posição do presidente Bolsonaro. Ele tem uma oportunidade única de fazer grandes reformas no Estado Brasileiro. O seu capital político é muito grande. O Congresso Nacional está desacreditado. O momento é de mudanças. Coragem presidente. Conte com o nosso apoio.

- Anuncie Aqui -