Nossa casa: a Terra

Foto: Nasa

Por Édelis Martinazzo Dallagnol

Conversamos a propósito de três possíveis acontecimentos terríveis para o gênero humano: quasar (buraco negro), asteroide… e aquecimento global. Dois são mais para o futuro: o asteroide, 150 anos; o quasar, 20 a 30 milhões de anos… Um deles, o aquecimento global, está chegando, chegando… O derretimento de camadas de gelo das calotas polares; aumento do nível dos mares (ainda bem diminuto); o aumento da temperatura média… Não há como negar, o perigo está batendo à porta… e não temos como pular a janela ou fugir pela porta dos fundos…
Por quê? Por que não conseguimos “casa para alugar” — a NASA e outras agências espaciais não conseguiram descobrir uma possível “casa”, isto é, um planeta habitável, ainda mais ao nosso alcance. A lua foi dada por inabitável (embora estudos de fins de outubro apontem a existência de lençóis freáticos, não se podendo saber se de água potável). Marte está a dezenas e dezenas de anos de distância, mesmo em velocidade de foguete… e, além disso, a água de seus lençóis freáticos é extremamente salgada. Em Vênus, a temperatura diurna passa de 400 °C — ou seja, o aquecimento global chegou antes por lá! Portanto, não há “casa para alugar”, e nos obrigamos a permanecer na nossa: a Terra.
É de ressaltar-se, de uma vez por todas, que as causas desse aquecimento não são externas: aproximação do sol, ou de outras galáxias, etc. As causas são “caseiras”, são internas, ou seja: estão sendo criadas aqui. Quais seriam? A poluição das águas, diminuindo a evaporação e, em consequência, ocorrendo menos chuvas? As queimadas generalizadas, aumentando a temperatura pelo aquecimento do ar e produzindo fumaça mais densa, cujas camadas bloqueiam os raios solares? A derrubada das florestas, que mantêm umidade no planeta? A diminuição do “verde”, diminuindo drasticamente a fotossíntese? Qual dessas causas? Mais certo e mais prudente termos como ponto de partida que são várias causas confluindo, concorrendo para o resultado: o aquecimento global.
Outro raciocínio lógico: os efeitos catastróficos podem tardar alguns anos ou, até, décadas, mas por certo eles virão… Um raciocínio “barato”: se o leitor não tem filhos ou netos, a sua preocupação poderá ser menor… Mas nenhum amigo seu tem filhos ou netos para que se preocupe com o futuro deles? Todos somos irmãos e, além disso, “estamos no mesmo barco”: estamos a bordo do mesmo planeta… A solidariedade nos obriga ao irmanamento ou, ao menos, a cuidados recíprocos.
Conclusão: todos devemos “arregaçar as mangas” — todos estamos diante do imperioso dever de legar um mundo habitável para os nossos filhos, nossos descendentes. É direito deles e, mais que isso, será a nossa realização sabermos que legamos algo de bom, que deixamos a nossa marca, o nosso rastro positivo por onde passamos…
O que cada um vai fazer?…

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