Essa poderia ser a sua parte

Foto: Reprodução

Por Édelis Martinazzo Dallagnol

Conversamos nas últimas semanas sobre o aquecimento global. Cada um poderá fazer alguma coisa para retardá-lo ou impedi-lo.
O aquecimento, em fases mais adiantadas, poderá inviabilizar a vida no planeta. Em reuniões de países, congressos climáticos, discussões e mais discussões sobre o tema, uma verdade clara, insofismável, indiscutível resultou apontada: a Terra está-se aquecendo, ano após ano. Já comprovado o derretimento paulatino das camadas polares. Na Groenlândia, há regiões em que o gelo perdeu metros de espessura — o que não acontecia desde antes da última glaciação, há milhares de anos!
Qual a causa? Motores, fogões, usinas termoelétricas, poluição das águas, derrubada de florestas, queimadas, incêndios, agrotóxicos… Lá adiante, bem no final desse longo túnel, está o homem — ele é a causa das causas!
Em determinados meios, levantam-se “interpretações” e “questionamentos” diversos: “Vê se o efeito estufa tem a ver!”, “Vê se as queimadas têm a ver!”, “Vê se a poluição das águas tem a ver!”, e assim por diante, como se alguém quisesse acusar injustamente o homem, ou determinados homens (grupos, comunidades, povos…). Na verdade, busca-se identificar comportamentos prejudiciais à vida na Terra, ou seja, ao próprio homem.
Somente com um grosso livro poderiam ser elencadas provas inequívocas dos resultados adversos de muitas práticas que hoje são habituais. Poderia, então, resultar provado que a simples poluição de um rio, com pesticidas (carregados das lavouras pela chuva), resíduos industriais, entulhos (plásticos, vidros, latas…), etc., afeta a evaporação de suas águas e pode ocasionar a falta de chuvas regulares. Depois, a morte dos seres vivos desse rio: peixes, cágados, batráquios, etc., especialmente plâncton — o início da cadeia alimentar. Imagine uma cidade sem chuvas regulares por um período mais longo: água racionada, verduras mais caras cultivadas na região (pela baixa produtividade dada a escassez de água, pela reduzida oferta…). E com a morte dos seres vivos do rio muitos gases são produzidos (o cheiro nauseabundo é o menor problema), uma camada mais densa de matéria orgânica bloqueia os raios solares e condena aquelas águas a não abrigar mais vida, quem sabe por quanto tempo!… E a evaporação?…
Assim, as queimadas e as combustões em geral geram gases que tanto bloqueiam os raios solares, os quais desencadeiam a foto síntese, quanto produzem o famigerado efeito estufa, já sentido e vivenciado especialmente em algumas regiões do planeta, como a China, parte dos Estados Unidos e parte da Europa.
O amigo já viu caseira de formiga com imensa quantidade (latões) de minúsculos retalhos de folhas? Muita força? Trabalho de turno? Não, nem tanto! Cada formiga apanhou um pedacinho e o trouxe; depois foi buscar outro… Assim conosco: hoje não jogamos uma latinha no rio (ou no esgoto); amanhã não deixamos o motor do carro ligado além do tempo necessário; depois não queimamos o lixo… Parece pouco, mas não é. Caro leitor, esta pode ser a sua parte!

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