Pressão Alta – CUIDADO!!

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Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Considerada ao mesmo tempo uma doença e um fator de risco a Hipertensão Arterial (HA), ou popularmente Pressão Alta, representa um dos maiores desafios em saúde pública, principalmente por ser uma doença praticamente sem sintomas em sua fase inicial, pela complexidade dos recursos necessários para seu controle como doença (serviços médicos, pessoal treinado, medicamentos) e ainda pelas implicações negativas no impacto à saúde das populações em suas complicações diretamente relacionadas: a HA é importante fator de risco para outros problemas de saúde como o diabetes e cardiopatias.
Esta enfermidade é geralmente desconhecida pela metade dos portadores, e entre aqueles que conhecem seu problema, somente a metade recebe algum tipo de assistência médica para seu controle, deixando quase 75% de todos os casos sem nenhum tipo de atenção ou serviços médicos. Como resultado desta situação, aproximadamente 60% de pacientes apresentam algum tipo de complicação no momento do diagnóstico inicial, o que gera uma grande porcentagem de indivíduos com complicações irreversíveis posteriores, entre elas, perda da visão e problemas renais. Você sabe como está a sua Pressão Arterial?
A Pressão Alta transformou-se numa epidemia no mundo moderno. Estudos mostram que cerca de 50% dos adultos acima de 50 anos são hipertensos no mundo e, infelizmente, esse número não para de crescer.
No Brasil, estima-se que aproximadamente 30% da população geral com mais de 40 anos possa ter a pressão arterial elevada. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, cerca de 38,1 milhões de brasileiros têm pressão alta. Ela é responsável, direta ou indiretamente, por metade das mortes por doenças cardiovasculares – são aproximadamente oitenta e quatro mortes por hora, 829 por dia e mais de 300 mil/ano. A Hipertensão atinge, ainda, 60% dos idosos. E nem os jovens estão livres dessa doença. Faça o controle da sua Pressão Arterial periodicamente!
A Hipertensão não tratada está associada a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica. E como agravante, neste momento, ainda tem a covid-19; o hipertenso não controlado tem mais complicações e maior mortalidade pelo vírus SARS-Cov2, conforme relatos e estudos internacionais.
A Hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada (ou crônica) dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa. Os médicos classificam a pressão arterial abaixo de 140/90 e acima de 120/80, como “pré-hipertensão”. Caso sua pressão esteja na faixa da “pré-hipertensão”, então é maior a probabilidade de, no futuro, ter pressão alta e um controle e monitoramento mais periódico é necessário.
O sangue é levado do coração para todas as partes do corpo em vasos sanguíneos chamados artérias. Pressão arterial é a força do sangue contra as paredes das artérias. Cada vez que o coração bate, ele bombeia (empurra) sangue pelas artérias e este exerce uma pressão sobre as suas paredes. Assim a pressão sanguínea sistólica representa a pressão máxima de pico quando o seu coração está plenamente contraído durante a batida. E a pressão sanguínea diastólica representa a pressão quando o seu coração está relaxado entre as batidas.
Pessoas com pressão arterial elevada estão mais propensas a apresentar comprometimentos vasculares, tanto cerebrais, quanto cardíacos, porque na hipertensão ocorre um estreitamento e “enrijecimento” dos vasos (artérias e arteríolas). Por causa disso, o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue, ele fica hipertrofiado (maior tamanho), suas câmaras (por onde passa o sangue) ficam com menos espaço, a quantidade de sangue que sai em cada bombeamento é menor, o músculo cardíaco necessita trabalhar dobrado e todo o sistema cardiovascular é comprometido. Vasos mais estreitos também são responsáveis por menor fluxo de sangue no cérebro e no próprio coração. Os efeitos da pressão alta nos tecidos e órgãos podem ser devastadores. Além de acelerar a arteriosclerose, ela é a principal causa de derrames cerebrais, doença nos rins, insuficiência cardíaca e enfarte agudo de miocárdio.
A hipertensão é um mal silencioso. Também chamada de “assassina silenciosa”, porque geralmente não tem sintomas numa primeira fase. Porém, à medida que os anos vão passando, eles podem começam a aparecer. Os mais comuns são: dor de cabeça, falta de ar, enjoos, visão turva que pode estar acompanhada de zumbidos, debilidade, sangramento pelo nariz, palpitações e até desmaios. Algumas pessoas podem não descobrir que têm pressão alta até que apresentem problemas no coração, cérebro ou rins. A ausência de sintomas retarda o diagnóstico que, muitas vezes, é feito quando as complicações já estão instaladas. A única maneira de saber se a pessoa apresenta o problema é medir sua pressão com certa regularidade. Faça isso!
É importante ressaltar aqui que a hipertensão é uma desordem séria e embora no próximo artigo tragamos algumas sugestões para normalizá-la, é importante realizar o acompanhamento com o médico. Em muitos casos, somente o uso de medicamentos conseguirá normalizar a pressão.
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