Hipertensão – Fatores de Risco

Imagem: https://www.clinicadaobesidade.com.br/

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Já realizamos por aqui um alerta sobre esta perigosa condição para a saúde (https://asemananews.com.br/2021/04/30/pressao-alta-cuidado/) e algumas orientações sobre o que fazer (https://asemananews.com.br/2021/05/07/pressao-alta-o-que-fazer/) quando hipertenso. Neste artigo vamos abordar com mais profundidade sobre os fatores de risco para esta verdadeira pandemia.

De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL/2017), a prevalência da hipertensão autorreferida (quando a pessoa já sabe que tem) estava em 24,3% ou 54 milhões de brasileiros. Mas este percentual é muito maior à medida que a idade avança. E chega a níveis assustadores de 60,9% nos adultos com mais de 65 anos! Verdadeira epidemia por aqui!

A hipertensão, por si só, já é um importante fator de risco! Ela é o fator de risco mais comum, de maior custo – apesar de poder ser modificável -, para doenças cardiovasculares e mortes. Ou seja, o fator que mais mata é também o que pode ser prevenido, evitado e controlado. O que falta então? Melhor informação, orientação e assistência especializada para a população hipertensa.

É importante lembrar que a pressão arterial elevada sobrecarrega cronicamente todo o Sistema Cardiovascular, podendo causar lesões arteriais. E se não for tratada ou controlada em tempo este quadro pode evoluir para aterosclerose (acúmulo de placas de gordura ou ateroma nas artérias), doenças vasculares, cardíacas, cerebrovasculares, renais, de visão e disfunção sexual. É a maior responsável pelas mortes súbitas, AVE (acidentes vascular encefálico), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica (principalmente isquemia ou má circulação em membros inferiores) e doença renal crônica.

Existem diferentes fatores para a evolução da hipertensão arterial sistêmica. E podemos classificá-los como de origem modificáveis e não modificáveis. Dentre os não modificáveis temos a idade, o sexo, a “raça” e a hereditariedade. Embora a origem ou as causas da hipertensão serem ainda desconhecidas completamente, a ciência já relaciona os fatores genéticos e históricos familiares como fundamentais para o desenvolvimento da doença. Infelizmente, com estes nada podemos fazer, mas com os modificáveis – e que são os grandes responsáveis por despertar o gene para a doença -, podemos e devemos controlá-los. Por isso nos interessam, particularmente, neste artigo e relacionam-se basicamente com: hábitos sociais, meio ambiente, estresse, alimentação, consumo de álcool, tabagismo, uso de anticoncepcionais orais (ACO) e sedentarismo.

Dentre estes componentes modificáveis importantes para o desenvolvimento da doença podemos destacar alguns mais intimamente:

> Atividade corporal insuficiente (falta do movimento físico). Realizar menos de 150 minutos de atividade física por semana ou 22min/dia;

> Obesidade. Em homens com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 24,9 e em mulheres acima de 23,9. Para calcular, seu IMC = Peso corporal em Kg/Estatura² em metros;

> Triglicerídeos e colesterol total alterados. Acima de 150mg/dL e 200mg/dL, respectivamente;

> Perfil glicêmico (açúcar no sangue) aumentado ou diabetes tipo2. Glicemia em jejum acima de 126mg/dL;

> Circunferência abdominal acima de 102 cm para homens e acima de 88 cm para mulheres;

> Consumo excessivo de sódio (sal) ou mais que 2,4g/dia;

> Consumo excessivo de álcool ou mais que 2 drinks/dia para homens e 1drink/dia para mulheres;

> Em algumas mulheres, principalmente as fumantes com mais de 25 anos, os ACO podem levar à hipertensão;

> A apneia obstrutiva do sono, que é uma doença que ocorre principalmente em obesos e se caracteriza por períodos de ausência de respiração durante o sono;

> Hipotireoidismo ou hipertireoidismo também podem cursar hipertensão arterial.

Importante salientar que ter uma ou mais destas condições acima, não significa uma confirmação para a doença. Mas para quem tem a disposição para ela, pode aumentar consideravelmente o risco de desenvolvê-la ou agravá-la. Por isso, monitore frequentemente sua Pressão Arterial.

E a forma mais saudável e barata de prevenção, controle e tratamento da hipertensão é gerenciar e tratar melhor os fatores modificáveis, evitando ou retardando que o gene para tal doença seja acordado e excitado ou quando já instalada, minimizar seus efeitos nocivos pelo controle e tratamento. E este gerenciamento conseguimos seguindo as diretrizes nacionais e internacionais que recomendam que todo hipertenso pratiquem exercícios aeróbios associados aos resistidos (de força), com uma dieta saudável e equilibrada em conjunto ao tratamento medicamentoso, orientado pelo médico.

Mas antes de iniciar qualquer programa de exercícios físicos faça um exame clinico (médico), laboratorial e físico (professor de educação física) para ter e fornecer parâmetros seguros também ao seu Professor de Educação Física. Só assim ele poderá modular com segurança e eficácia um melhor programa de exercícios corporais para a sua condição atual. A boa orientação faz toda diferença!

A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!

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