A infraestrutura de exportação

Foto: DNIT

Por César Graça

O Brasil está vivendo várias revoluções. Uma delas, a construção de uma nova infraestrutura de exportação. Com isso, a competitividade do agronegócio aumenta muito. Foi uma escolha do governo Bolsonaro. O objetivo é claro: facilitar o crescimento econômico e a geração de novos empregos, através das exportações do agronegócio.

Os resultados foram muito melhores que o esperado. Existiam muitas obras inacabadas. Só com um pequeno impulso puderam ser terminadas. Os resultados logo apareceram.

Em quarenta anos, 1986 a 2018, o Brasil fez poucas obras de infraestrutura. De repente começaram a aparecer obras novas funcionando em todos os cantos. Os resultados foram muito bons. A imagem do governo Bolsonaro melhorou bastante. O contraste com os governos anteriores, gritante. A sensação que as pessoas sentiram é que o Brasil passou muito tempo parado e agora começou a se mover. As obras que mais chamaram atenção foram as que facilitaram o aumento das exportações. Pois elas deram um novo impulso à economia.

A mais emblemática foi o término do asfaltamento da BR-163 até o Porto de Miritituba, no rio Tapajós, no Pará. É uma rodovia que começa em Tenente Portela, Rio Grande do Sul, e termina em Santarém, Pará. Tem 3,5 mil quilômetros. Quase chegando em Santarém tem o Porto de Miritituba. Lá é feito o transbordo da soja ou do milho para barcaças. Depois o conteúdo é transposto para navios de grande porte em portos na foz do Amazonas. Esse caminho é muito mais eficiente para a exportação de produtos do Mato Grosso, pelo Porto de Santos, que fica bem mais longe. Faltava um pouco mais de 50 quilômetros para o asfalto chegar à Miritituba. Apesar de ser pequeno o trecho, no período das chuvas a estrada ficava intransitável. O asfaltamento desse pequeno trecho mudou o cenário de exportação do Brasil inteiro. O custo do transporte rodoviário caiu e os portos do Sul-Sudeste sentiram a concorrência. Hoje existe uma forte competição entre os portos do Arco Norte e os do Sul-Sudeste. Essa ação de asfaltamento, de um pequeno trecho, é um marco na estratégia de melhoria da infraestrutura de exportação.

Em seguida foram as obras que foram prometidas muitas vezes, mas nunca feitas. E a sua falta provocava grandes incômodos à população. As pontes no Norte e no Nordeste estão neste caso. Na maioria dos casos eram usadas balsas para a travessia. Uma atividade cara e geralmente demorada. O término de uma ponte e a sua integração à malha rodoviária é um marco. Melhora muito a qualidade de vidas das pessoas que vivem torno. O tempo de travessia de horas passa para poucos minutos e não custa mais nada para as pessoas. Esse ganho de mobilidade é um marco. As pessoas se sentem integradas ao resto do país. É evidente que a travessia de rios com pontes muda a economia da região. O custo do transporte caiu muito. Reduz o custo dos bens transportados e possibilita a integração econômica da região com o resto do Brasil. Mas a possibilidade de transporte individual é mais imediata. E propaga um sentimento de bem-estar nas pessoas.

Um marco foi o término das obras de desvio das águas do Rio São Francisco. Para o Nordeste a segurança hídrica é uma benção. Mesmo as grandes cidades sofriam muito com a falta d´água nos períodos de seca, que no Nordeste são muitos e algumas vezes longos. Ter água para beber e cultivar é uma segurança e uma melhoria da qualidade de vida inquestionável.

Em terceiro grupo estão as obras de desvio de tráfego pesado, que passa dentro das cidades. A quantidade de obras não terminadas era muito grande. Muitas já estavam quase no final. Só um pequeno impulso e os benefícios já apareciam. Os ganhos eram múltiplos. Para a população que vivia nestas cidades e para o tráfego de caminhões pesados.

Com essas pequenas obras a adesão dos caminhoneiros ao governo Bolsonaro foi muito grande. Eles precisavam sobreviver trabalhando em condições muito difíceis. Vendo a cada viagem uma melhoria, o seu estado de espírito melhorou bastante. Viam benefícios acontecendo em todo o Brasil. Foram os primeiros a se contagiar com um novo clima de esperança.

O momento atual é de obras mais difíceis: a construção de novas rotas e a manutenção das antigas. Os investimentos são bem maiores. Uma forma de reduzir a ansiedade é inaugurar pequenos trechos das novas obras, quando isso é possível. Pois, dessa maneira, a população pode desfrutar de algum benefício enquanto a obra avança. A quantidade de obras a serem feitas é muito grande. Os investimentos necessários enormes. Agora é preciso de muito mais capital.

A saída do governo Bolsonaro foi de entregar o maior número de obras ao setor privado, de todas as formas possíveis. Uma delas é a privatização com a cobrança de pedágios. Muitas rodovias passarão a ser pedagiadas e terão uma boa qualidade de manutenção. O sistema de transporte rodoviários deverá funcionar muito bem. Só que o custo de andar nas estradas será alto.

Para baixar o custo de transporte é preciso ampliar e melhorar as estradas de ferro e as hidrovias. Que são obras bem mais caras e demoradas. Esse processo de construção já começou. Vários leilões já aconteceram. Outros estão por acontecer, principalmente neste ano e no próximo.

O interessante é que os resultados das exportações brasileiras estão atraindo os investidores estrangeiros. Os valores dos investimentos a serem feitos parecem pequenos frente os resultados das exportações. Uma coisa puxa a outra. A credibilidade do governo Bolsonaro aumentou com o término de muitas obras inacabadas. O que permitiu o aumento das exportações. Que por sua vez aumentou as receitas do governo.  O que atraiu investidores estrangeiros para fazerem novos investimentos no Brasil. O que está por trás dessa estratégia é fazer investimentos que tragam resultados concretos. Gastar recursos escassos em obras que não tragam retorno econômico mostra um desperdício de dinheiro público. Isso afasta os empresários sérios.

Os países ricos estão com excesso de recursos. O que falta são projetos atraentes que tragam resultados concretos. Essa é a estratégia do governo Bolsonaro: atrair investimentos estrangeiros e incluir o Brasil no rol dos países desenvolvidos.

Credibilidade gera investimentos. É isso que falta para a maioria dos políticos. A grande maioria sabe o que deve ser feito, mas não faz. O que gera um grande desgaste. Quando aparece um político que faz. Ele chama muito atenção. Os empresários sérios são atraídos por essa vontade de construir. Os políticos que não fazem nada se sentem desafiados. Ofusca a sua imagem. A intenção é abafar o mais rápido possível quem faz. Isso faz parte da natureza humana.

Os planos de melhoria da infraestrutura de exportação do governo Bolsonaro são bem claros. Os passos da burocracia estatal são inúmeros. Alguns até fazem sentido, a maioria são desnecessários. Só foram criados para dar emprego para uma grande quantidade de funcionários público que precisa justificar o seu emprego. Consome muito tempo reformar o Estado e cortar essa quantidade imensa de funcionários desnecessários. É preciso construir uma nova infraestrutura com as atuais restrições e ineficiências do Estado Brasileiro. Essa é uma das virtudes do governo Bolsonaro. Está construindo uma nova infraestrutura com a estrutura burocrática atual, isso apesar das dificuldades. O que chama mais atenção é o apoio que consegue do setor privado. Que não se nega a participar dos leilões e fazer grandes investimentos.

Para obter apoio da população, as obras são distribuídas em todos os cantos do país. No entanto, elas estão mais concentradas nas regiões mais pobres. Pois elas precisam urgentemente de agentes de desenvolvimento. Mas não é só isso. É preciso de um planejamento maior. Que cada obra faça parte de um plano maior. Que o corredor de exportação produza resultados concretos. Sempre que possível, as obras são divididas de forma que cada pequeno pedaço executado produza um resultado concreto para a região. Dessa maneira a adesão da população está sempre estimulada. Isso cria uma atmosfera positiva de transformação.

Os projetos a serem desenvolvidos estão bem claros. A prioridade é atratividade no retorno dos investimentos. O passo seguinte é conseguir os recursos para implementar as obras. Mas não é só isso. É preciso uma adesão às transformações que as obras trarão. Sem essa adesão ficar muito difícil vencer a resistência dos políticos. Eles estão muito preocupados em perder a sua posição. Na maioria das vezes conseguida nos votos. Um desvio da atenção popular é um grande risco. Por esse motivo é que o governo Bolsonaro encontra muito oposição no Congresso. A maioria dos seus membros são políticos profissionais. Que querem tirar o máximo de proveito próprio dos cargos que ocupam. A estratégia de construir eixos de exportação é uma ameaça para eles. A reeleição de muitos vai ser muito difícil em 2022. Com as redes sociais a mentalidade do povo está mudando. A eleição do deputado Bolsonaro para presidente já é parte dessa transformação. Ele conseguiu ganhar as eleições para presidente, em 2018, enfrentando as mídias tradicionais. Poucos acreditavam na sua vitória.

Agora o Congresso está assustado. A maioria acredita que Bolsonaro vai provocar uma mudança profunda na economia brasileira através em uma nova infraestrutura de exportação. Uma parte significativa do Congresso está contra essas transformações. Sabe que terá muitas dificuldades em se reeleger.

Para acelerar o processo de transformação as commodities de exportação estão num momento de valorização dos preços. O que aumenta muito a renda dos empresários e essa riqueza chega à população em geral. Elas fazem uma ligação direta entre as obras feitas e a melhora da qualidade de vida. A maioria dos políticos se sentem ameaçados se opõem ao que o presidente Bolsonaro está fazendo. Na maioria das vezes de uma forma indireta. Criando questões menores para desgastar o governo. Os políticos com piores imagens e menores chances de reeleição são os mais combativos. A imprensa tradicional que está em grandes dificuldades econômicas dá muito destaque a esses políticos. O disparador de todo esse processo de transformação é uma nova infraestrutura de exportação.

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