Lombalgia (dores lombares)

Foto: Reprodução

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Muitas são as prováveis causas das dores lombares. Somente uma avaliação com o médico especialista poderá determinar com maior segurança sua causa e origem. Fique atento e consulte o seu médico!

As lombalgias têm uma etiologia diversificada, podendo existir mais de 50 causas diferentes, como trauma, inflamação, artrite reumatoide, tumor, hérnia discal e mecânico-posturais (compressão, desequilíbrios musculares, fraqueza muscular, fadiga e instabilidade) e sua investigação é bastante complexa.

Focaremos neste artigo um problema que atinge cerca de 60 a 70% da população mundial:  a prevalência ao longo da vida de lombalgias mecânico-posturais. E estão relacionadas exclusivamente ao movimento corporal inadequado e as posturas incorretas assumidas no dia a dia. Isso só comprova o quanto devemos ficar atentos ao que fazemos e como fazemos os diferentes gestos motores que nos apresenta o cotidiano.

Um dos principais fatores para este tipo de dor lombar é a instabilidade segmentar desta região que envolve os músculos da coluna lombar, abdominais e pelve E para manter a estabilidade é necessária a interação de três sistemas: 1) o passivo (articulações, ligamentos e vértebras/ossos), 2) o ativo (músculos e tendões) e 3) controle neural (nervos e SNC). As funções desses três sistemas estão interligadas, e a reduzida função de um ou outro pode colocar exigências crescentes sobre os demais. Deste modo, a instabilidade resultante, por exemplo, da lesão de um componente passivo pode ser compensada, em grande parte, através da melhoria no desempenho dos sistemas ativo e neural. E aqui, um bom programa de exercícios físicos pode fazer muita diferença: deve constar o fortalecimento da região do CORE (https://asemananews.com.br/2021/10/15/core-nosso-centro-de-forca/) e músculos inibidos, exercícios de estabilidade, consciência corporal e postural, exercícios respiratórios e alongamentos de músculos encurtados ou hiperativos.

Um exemplo bastante crítico para abranger o tamanho do problema é que se ficarmos atentos em qualquer sala de musculação – onde existe uma supervisão profissional – nos surpreenderemos com a quantidade de exercícios realizados por muitos praticantes sem uma ótima (quase sempre nem mínima!) estabilidade lombo-pélvica. Isso acaba, invariavelmente, se perpetuando ao longo de todo o corpo. E tanto durante os movimentos (dinâmicos) quanto em posições estáticas, em pé ou sentadas. Imagine então nas nossas atividades da vida diária?

Esta instabilidade, ao longo de determinado tempo, maior ou menor, para uns e para outros, pode desencadear diferentes alterações e disfunções, especialmente algumas lombalgias. Na maioria dos indivíduos a dor lombopélvica não tem uma causa específica e pode acontecer em todas as faixas etárias.

A lombalgia, segundo sua duração, pode ser aguda (início súbito e duração menor do que seis semanas), subaguda (duração de seis a 12 semanas), e crônica (duração maior do que 12 semanas). E a lombalgia mecânica (a que nos interessa) é a que representa grande parte da dor referida pela população. Esse tipo de lombalgia caracteriza-se pela ausência de alteração estrutural: não há redução do espaço do disco, compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou articular, escoliose ou lordose acentuada que possam levar a dor na coluna. Apesar da ausência de alteração estrutural, essa pode causar limitação importante das atividades da vida diária (AVD) e incapacidade para o trabalho temporária ou permanente. É causa frequente de morbidade e incapacidade, e o aumento de sua prevalência tem afetado inclusive a saúde pública, aumentando os orçamentos e gerando custos sociais altos, pois uma parte significativa destes indivíduos gera grandes despesas e perde a sua capacidade laboral momentânea ou definitiva. É considerada a segunda maior causa de afastamento temporário no trabalho, só perdendo para as LER/DORT – teremos um artigo sobre este tema. A incidência desta é maior em trabalhadores submetidos a esforços físicos pesados, em movimentos repetitivos e posturas estáticas frequentes, como na posição sentada.

Na literatura, a prevalência da lombalgia é maior no sexo feminino. Alguns autores acreditam que as mulheres apresentam riscos maiores do que os homens por causa de particularidades anatômicas e funcionais que podem facilitar o surgimento de lombalgia: apresentam menor estatura, menos massa muscular e densidade óssea, maior fragilidade articular (questões hormonais) e por estarem envolvidas em maior grau com as atividades domésticas.

Atitudes habituais ou profissionais (permanência na posição em pé ou sentada por tempo prolongado), obesidade, gordura abdominal acentuada, desvios de membros inferiores, encurtamentos severos, músculos enfraquecidos e posições erroneamente sustentadas na execução dos movimentos corporais, são fatores que contribuem para as lombalgias mecânicas.

O excesso de peso também produz maior pressão sobre as estruturas (discos intervertebrais, raízes nervosas, articulações vertebrais, ligamentos intervertebrais) e pode causar dor. Outros fatores que contribuem para lombalgia no paciente obeso são a flacidez e a distensão da parede abdominal (CORE) que impede o suporte adequado para a coluna.

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