Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.
Na matéria passada vimos o que é o Estresse Térmico (link para a matéria >>> https://asemananews.com.br/2022/02/09/voce-sabe-o-que-e-estresse-termico/). Acontece quando entramos em contato com temperaturas exageradamente quentes e o corpo perde a capacidade de adaptação para manter seu nível normal de temperatura, chegando ao estresse térmico. Sob o estresse térmico devemos tomar alguns cuidados para que ele não evolua para uma insolação. A insolação é uma condição séria e fatal causada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso; ocorre quando a temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de regulação térmica – a transpiração – falha e o corpo não consegue se resfriar com eficiência. Portanto esta abordagem será sobre os sintomas e como se proteger.
Quando os mecanismos do organismo se tornam insuficientes para controlar a temperatura, aparecem os sintomas desagradáveis. A vasodilatação (aumento do diâmetro dos vasos, principalmente os periféricos/superficiais) exacerbada reflete imediatamente numa redução da pressão arterial, o que pode levar a hipotensão (pressão baixa), tonturas e cansaço. Esse maior fluxo sanguíneo sob a pele pode deixar alguns nervos sensitivos mais facilmente excitáveis, o que pode ocasionar em pessoas mais sensíveis e em conjunto com o suor, coceira e consequentemente uma irritação da pele. O excesso de suor também pode levar a desidratação que tem como consequência direta o aparecimento de dores de cabeça, boca e pele secas, tonturas ao levantar ou sentar rápido demais e até desmaios. E, ainda, por perdermos muitos eletrólitos (sais minerais) no suor, câimbras também podem aparecer. E se não bem hidratado e devidamente controlado, o aumento da temperatura corporal, a evolução dos sintomas pode levar a convulsão, tetania (espasmos musculares, involuntários), lesão renal aguda, falência de órgãos vitais e até o coma. Indivíduos com doenças crônicas (que necessitam de cuidados médicos constante), gestantes, idosos e crianças são menos tolerantes ao estresse térmico. Para estes os cuidados devem ser redobrados. A ingestão de água é essencial para amenizar os sintomas do quadro. Uma ótima maneira de avaliar se está bem hidratado é checar a coloração da sua urina. O ideal que ela seja clara e sem odor.
O humor também sofre com as alterações de temperatura. Como ficamos incomodados com a sensação de calor, liberamos uma quantidade maior de hormônios do estresse e ficamos mais suscetíveis à irritabilidade.
Contudo algumas medidas relativamente simples podem ser realizadas para se proteger do estresse térmico ao calor:
– Evite exposição direta ao sol principalmente entre as 11h e 15h;
– Beba bebidas frias, principalmente água (pode ser saborizada), especialmente durante atividades corporais. Água de coco e as bebidas esportivas (isotônicos) também são ótimas opções;
– Proteja sua pele com roupas leves, soltas e com cores claras. Cores escuras refletem menos a luz solar o que ocasiona um aquecimento mais rápido do tecido;
– Tome banhos mornos ou ligeiramente frios. A água gelada na pele ocasiona uma vasoconstrição (fechamento) dos vasos superficiais que são responsáveis (junto com as glândulas sudoríparas) pela transferência do calor para a superfície da pele. Isso dificulta a remoção do calor do interior do corpo para fora;
– Borrife água sobre o ambiente, na pele ou roupas quando em dias muito secos. É válido também deixar recipientes com água e toalhas umedecidas espalhadas pelo ambiente;
– Realize uma alimentação mais leve, natural e mais suculenta;
– Procure realizar as atividades corporais mais exigentes e/ou intensas (pesadas) no período da manhã (logo cedo);
– Use um protetor solar de boa qualidade com proteção UVA e UVB para proteger a pele;
– Faça pausas (para quem trabalha pesado) maiores nos períodos mais quentes do dia;
– Evite excesso de álcool;
– Evite atividades físicas intensas em ambientes extremos. Prefira os horários com menor temperatura.
Para amenizar a temperatura do ambiente da casa:
– Mantenha as janelas, persianas, cortinas e portas fechadas durante os picos mais quentes do dia;
– Abra as janelas, persianas, cortinas e portas à noite, quando é mais fresco;
– Use e abuse dos ventiladores ou ar condicionado para resfriar e circular o ar. Se sua casa naturalmente é muito quente e você não consegue resfria-la, procure um lugar público para se refrescar (piscina, parque , praças ou ruas sombreadas por árvores, shopping center, mercados ou qualquer estabelecimento comercial com ar condicionado);
– Opções de maior investimento: telhado verde (isolante térmico) e/ou placas solares (além de gerar energia, se bem projetadas, podem criar um efeito de sombra sobre o telhado).
Ainda no ambiente próximo:
– Plantar árvores próximas ao ambiente onde vive e frequenta;
– Preservar e, se possível, ampliar os gramados;
– Cultivar plantas e hortas;
– Promover e cobrar das autoridades os espaços urbanos com mais áreas verdes.
Em caso de emergência chame o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193)
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