Começa julgamento de acusados pela morte de fiscal que combatia fraude de combustível

Começou nessa quinta-feira (24/08) no Tribunal de Júri, em Curitiba a audiência de instrução do julgamento dos três acusados pela morte do empresário Fabrizzio Machado da Silva, que era presidente da Associação Brasileira de Combate à Fraude de Combustíveis. Fabrizzio foi morto no dia 23 de março deste ano, enquanto participava de uma operação para investigar fraudes em postos de combustíveis.

De acordo com o Ministério Público do Paraná serão três dias de audiência, com 30 testemunhas a serem ouvidas, tanto de acusação quanto da defesa dos réus. As próximas sessões estão marcadas para os dias 18 e 19 de setembro.

Crime e acusados

Fabrizzio foi morto quando chegava em casa, no bairro Capão da Imbuia, depois de ajudar na produção de uma reportagem que investigava fraudes em bombas de combustível em postos da RMC. Na noite do crime, Fabrizzio foi envolvido em uma tocaia. Ao chegar em casa, em um Honda Civic, o fiscal teve o veículo atingido na traseira e ao descer para verificar o ocorrido, foi surpreendido pelo assassino que efetuou três disparos contra ele.

O homicídio causou comoção na cidade e teve repercussão nacional. Em poucos dias, a polícia prendeu Patrick Jurczyszin Lenardo, 30 anos, apontado como o autor dos disparos e Ronei Dulciano Rodrigues, 25 anos, que teria intermediado o contato com Patrick. Ainda foi detido, o jovem Matheus Willian Marcondes Guedes, de 19 anos que teria ajudado a planejar o crime.

O mandante do assassinato, segundo as investigações, foi o empresário Onildo Chaves Cordova II que foi preso em um flat no Batel, em Curitiba. Proprietário de quatro postos na RMC, Onildo, de acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios, teria pago o valor de R$21 mil reais para os autores praticarem o crime. Ele nega a acusação.

 

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