Grande operação policial no interior do Paraná prende três quadrilhas de tráfico e roubo

Uma grande operação conjunta entre a Polícia Civil e Militar do Paraná deflagrada na última quarta-feira (21) resultou na prisão de três quadrilhas envolvidas com homicídios, tráfico de drogas, roubo de veículos e residências, além de corrupção de menores. Trinta e dois mandados de prisão foram cumpridos, além de outros 14 contra criminosos já presos e mais outros dois indivíduos autuados em flagrante, totalizando 48 pessoas. Um suspeito é considerado foragido.
As organizações criminosas atuavam principalmente em Londrina e na cidade de Cambé, região Norte do Estado. Cerca de 230 agentes, além de dois helicópteros foram destacados para cumprir os 90 mandados expedidos pela Justiça, sendo 47 de prisão preventiva e os outros de busca e apreensão. Foram encontrados com os criminosos cerca de R$ 4.200 em dinheiro, 250g de cocaína, 2,5 quilos de maconha, um revólver e um simulacro.
“Foi uma importante ação integrada entre as policias e por isso fizemos questão de vir aqui para parabenizar o trabalho. É determinação do nosso governador Beto Richa integrar a ação policial para obtermos os melhores resultados possíveis. Foi uma operação brilhante, tirando essas pessoas de circulação, o que acaba refletindo na queda nos índices de crimes da região”, destacou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp), Julio Reis.
“A única forma de termos efetividade no combate à violência e criminalidade é esta, com instituições que se complementam. Não em forma de subordinação, mas de integração e os resultados estão sendo colhidos em todo o estado. Ação de hoje, com resultados muito efetivos, confirma esse processo, invocando outros atores que têm responsabilidade nesta área crítica da segurança. Por isso viemos junto com o secretário Julio Reis de forma a estimular outros comandos para que sigam esse exemplo de parceria em prol da sociedade”, reforçou o comandante-geral da Polícia Militar, Maurício Tortato.
“A maior integração traz benefícios para a sociedade, com a redução drástica nos homicídios – lembrando que, fundamentalmente, as vítimas de homicídio da região têm algum, envolvimento com a criminalidade – essas ações fazem com que os dados despenquem, incluindo furto e roubo, que estão ligados com o tráfico de drogas. O crime está muito conectado, mas todas as estruturas da polícia também estão”, afirmou o coronel Lanes Randal Prates Marque do 2º Comando Regional de Polícia Militar.
Também estiveram presentes em Londrina o Delegado Geral da PC, Naylor Robert de Lima, e do delegado Adriano Chohfi, diretor do Departamento de Inteligência do Paraná.
INVESTIGAÇÃO – A investigação começou em outubro de 2017 de forma conjunta pelos setores de inteligência da Polícia Militar e da Delegacia de Polícia Civil, ambas da cidade de Cambé. Duas das quadrilhas estavam em guerra entre elas disputando pontos de tráfico de drogas. As polícias começaram a atuar conjuntamente e foi idealizada a montagem da “Operação Égide”, que em grego significa Escudo. A intenção é que se formasse um grande escudo por parte de policiais militares e civis para evitar a ação destes criminosos.
Ao longo da investigação, os policiais se depararam com uma terceira organização criminosa que também atuava na região. O líder desta quadrilha, que está preso na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, comandava as ações criminosas no Paraná.
“Esses criminosos eram especializados no tráfico de drogas, roubo A residência e, especialmente, de veículo, que eram trocados por entorpecentes no Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai. Todos os líderes foram presos na data de hoje e a organização deles está totalmente desarticulada”, explicou o delegado-titular de Cambe, Roberto Fernandes.
Entre os alvos da Operação Égide também estavam pessoas detidas no sistema prisional paranaense. Os mandados de prisão expedidos contra elas foram cumpridos por agentes do Departamento Penitenciário do Paraná, que seu apoio à megaoperação dentro das unidades penitenciárias.
Ao longo do trabalho de investigação, nove pessoas foram presas entre elas uma advogada que estava com 4 quilos de maconha e 120 gramas de cocaína e um homem que tinha sete mandados de prisão e estava foragido da Penitenciária de Londrina. Além deles, um adolescente foi apreendido por envolvimento nos crimes praticados pelas quadrilhas.
Vítimas destes criminosos relataram à polícia que as quadrilhas eram extremamente violentas durante o roubo a residências. Fortemente armados eles amarravam as pessoas dentro das casas para realizar os crimes.
Participaram da “Operação Égide” 230 policiais, sendo 132 militares do 5º Batalhão da Polícia Militar e 98 civis das Delegacias das Subdivisões de Londrina, Arapongas, Apucarana, Maringá e Paranavaí. O helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Polícia Civil também dá apoio à megaoperação.

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