2019 – Início de um Novo Ciclo

Como as marés, política são ciclos. Terminou o ciclo dos governos esquerdistas, que teve início com a eleição de Tancredo Neves, em 1985, e marcou o final do Regime Militar 1964-1985. Vamos entrar num novo ciclo de governos de mentalidade militar, que deve durar de 20 a 30 anos.

Da Proclamação da República, em 1889, até 1980 o Brasil cresceu a uma taxa média de 7% ao ano, com um conjunto muito diversificado de formas de governo. No ciclo esquerdista que está terminando, o ritmo caiu para algo em torno de 2%. Se tivéssemos continuado a crescer, na média histórica, teríamos uma renda per capita quatro vezes maior, do que é hoje. Esse é o resultado duro de trinta anos de governos de esquerda. Um grande atraso econômico, e uma grande pobreza material e moral.

Esse é o motivo de ataques esquerdistas tão furiosos ao período militar. Esconder a incompetência da esquerda no crescimento econômico e na distribuição da riqueza. A propaganda de esquerda tentou de forma aguerrida vender que houve uma grande distribuição da riqueza, através da política de criação de bolsa auxílio do governo. A realidade que aconteceu foi uma política de gastos descontrolados que levou à maior crise econômica dos últimos 100 anos. Para os brasileiros a crise de 2015-2016 foi muito mais dura que a crise mundial de 1929-1931. E foi por esse motivo que a esquerda caiu.

Mas nem tudo são crises. O ciclo esquerdista cria imunidades. São defesas que impedem novos ciclos de esquerda tão destrutivos ou piores que o anterior. Sistemas políticos de esquerda são doenças que fortalecem o caráter de uma nação, pela sua total falta de carácter e domínio da vontade de pensar. O governo de esquerda se impôs pela força da propaganda, pelas mentiras repetida à exaustão e pela corrupção dos meios de comunicação. São sistemas ditatoriais disfarçados de democracia.  Tentativas de volta à monarquia.

O resultado da troca de governo é evidente. O Brasil vai voltar a crescer de forma acelerada. Talvez ainda não nos dois primeiros anos, mas depois a economia vai engrenar. Ficou a lição aprendida. Não é o estado que desenvolve o país, mas o trabalho das pessoas. O novo ciclo político vai liberar as forças criativas da nação.

A volta dos valores morais para a construção pessoal será o grande legado do novo governo. A doença dos governos de esquerda produziu anticorpos. Não é um estado robusto que faz o crescimento, mas um estado enxuto e libertador. No governo Temer algumas poucas medidas de afrouxar o controle do estado já produziram alguns resultados. A economia voltou a crescer. Agora a tendência é embalar, com o corte das despesas do governo e o aumento dos investimentos em infraestrutura.

Nesse primeiro momento, o grande objetivo do governo será a redução da dívida pública, que vai levar a uma redução das taxas de juros. A diminuição da corrupção já reduz o gasto público. Mas o impacto maior vai ser na redução das despesas com as aposentadorias dos funcionários públicos. É esse o maior rombo das contas públicas.

O corte dos privilégios precisa ser muito duro. A proibição do acúmulo de aposentadorias deve ser o primeiro passo dessa reforma. É ultrajante, para a maioria dos brasileiros, que um pequeno grupo de brasileiros possam acumular várias aposentadorias. Hoje isso é muito comum entre os funcionários públicos e, principalmente, políticos. As aposentadorias também precisam ter um teto. E que esse teto seja igual para os funcionários públicos e os da iniciativa privada. Não existe nenhum motivo para serem diferentes, num regime republicano. Só fazem sentido numa monarquia, aonde os privilégios abundam nas classes dominantes. Que foram abolidas depois da Revolução Francesa, na Europa.

O Brasil não teve uma ruptura tão radical. A sua passagem da monarquia para a república foi mais suave, em consequência a estrutura atual do estado brasileiro contém ainda muitos traços da monarquia. Que aliás foram estimulados pelos governos esquerdistas, aliados ideológicos do sistema monárquico.

Outra forma complementar para a redução da dívida pública é a privatização das empresas estatais. Se a criação dessas empresas foi justificada no passado, hoje elas já não fazem sentido continuarem a serem estatais. Isso incluiu o sistema bancário estatal e alguns mitos, como a Petrobras. Que nas mãos dos governos esquerdistas se transformou em modelo de corrupção. A destruição da empresa no governo do PT, através da corrupção, foi a causa dos processos da Lava Jato.

Com uma dívida pública bem menor, os juros vão cair bastante, o que vai provocar um grande impacto na economia. O primeiro é a redução dos gastos públicos, pois juros são a primeira conta da despesa pública, em 2018 está por volta de 400 bilhões de reais. O segundo, e mais importante, é incentivar os investimentos produtivos. A construção imobiliária vai voltar com toda a sua força. Construir imóveis será uma atividade muito criativa. O que gerará uma grande quantidade de empregos. O que deve acelerar a redistribuição da riqueza.

Mas todo esse cenário de uma retomada do crescimento será uma moldura para o quadro principal, o aumento das exportações, principalmente das commodities agrícolas. A Guerra de Trump quebrou toda a confiança que os chineses tinham na política norte-americana. A estratégia atual é reduzir a sua dependência ao mínimo, sem provocar retaliações. O que deve acelerar as compras na América Latina, principalmente no Brasil.

Para garantir a sua fonte de alimentos os chineses vão investir ainda mais em infraestrutura brasileira. Hoje eles investem muito nas fontes renováveis de energia, principalmente nas hidroelétricas e no sistema de distribuição de energia elétrica. Na China, 98% da energia elétrica ainda vem da queima de carvão, o que provoca uma grande poluição em todo o país. No Brasil o sistema de energia renovável é muito significativo, somando a energia hidráulica e o álcool combustível, chega a 40%. Que o maior do mundo. A média mundial está em torno de 5%, na China abaixo de 3%. Por esse motivo os chineses investem no sistema hidroelétrico brasileiro, sabem que energias renováveis têm sustentabilidade.

Outra área que os chineses demonstram muito interesse é a infraestrutura de exportação de alimentos: rodovias, ferrovias e portos. Eles começaram a investir na compra de participações em vários portos, inclusive em Paranaguá.

O próximo passo é participar na construção das novas ferrovias, para baixar o custo dos transportes, principalmente dos produtos agrícolas. Com isso o sistema de produção brasileiro passa a ser mais competitivo ainda, com relação ao dos Estados Unidos. Só que a redução do custo dos transportes vai ter um grande impacto positivo na econômica inteira. A tendência é uma redução de todos os custos internos.

Esses investimentos chineses já estão acontecendo nos últimos anos. Mas agora com a Guerra de Trump, passam a ser mais estratégicos ainda para a China. Em 2018, o Brasil deve exportar mais de 83 milhões de toneladas de soja, 80% desse volume para a China. Algo que não era imaginável no começo do ano. O que demonstra que os números dos estoques brasileiros não eram muito confiáveis. Com o tempo esses números serão melhor controlados, e um potencial maior de exportação será descoberto. Os pequenos ajustes na infraestrutura, com toda a deficiência atual, já começaram a ser feitos. E os resultados já começam a aparecer.

Com novos e intensos investimentos, as exportações vão aumentar em todos os segmentos, não só agrícola. O que vai gerar empregos com sustentabilidade. Mas o que vai fazer a diferença é a redução do tamanho do estado e, em consequência, a redução dos impostos. Nos últimos 30 anos, os impostos não pararam de aumentar. Saíram de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e chegaram a um teto de 38 %. Hoje está no patamar de 36%. É preciso que ele volte para o patamar de 25%.

Para conseguir isso, os próximos governos de direita vão precisar ser muito audaciosos. O governo Bolsonaro só vai abrir a picada para uma nova rota para o Brasil. Outros governos de direita precisarão dar continuidade nas reformas, principalmente na redução do tamanho do estado, para que o Brasil chegue ao grupo dos países desenvolvidos, em menos de duas décadas.

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