Estresse e Adaptação

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Desde que aparecemos neste planeta, os seres vivos, passamos por adaptações ocasionadas por mudanças de diferentes espécies que o meio ambiente proporcionou e exigiu. Algumas bruscas e imediatas que mudaram inclusive o curso histórico de muitos seres ou simplesmente os exterminaram; e outras modificações, mais sutis e imperceptíveis, que acontecem a todo o momento. Todos os seres vivos apresentam uma maior ou menor capacidade de adaptação ao meio-ambiente. Estas mudanças são situações que ocorrerão também em toda etapa de uma vida e a todo o momento. Isso é certo! E precisamos estar preparados para elas. Um corpo saudável reage muito mais rápido e da melhor forma para qualquer tipo de mudança. O próprio ser humano conseguiu prevalecer no planeta, como espécie, devido à sua incrível capacidade de adaptação.
A adaptação é a lei mais universal e importante para todos os seres vivos. Na biologia – é o caso que nos interessa – podemos definir como uma reorganização orgânica e funcional de todo o organismo, frente a exigências internas e externas (estresses); a adaptação é uma “reflexão” orgânica, para dar uma resposta adequada a determinados tipos de estresses que sofremos diariamente, uma adoção de procedimentos internos, biológicos, metabólicos, fisiológicos, morfológicas e até funcionais, de diferentes estímulos impostos pelo meio que vivemos. Ela ocorre regularmente e a todo o momento e está dirigida à melhor maneira de lidar com as desajustes provocados em nosso estado de equilíbrio para realização das diferentes tarefas; é uma reação de melhor sobrevivência provocada por aquele determinado estímulo ou estresse. Estas reações ou adaptações biológicas se apresentam como mudanças funcionais e estruturais em praticamente todos os sistemas do corpo. Para adaptações biológicas, entendam-se as alterações ocorridas em diferentes estruturas e sistemas funcionais em decorrência dos diferentes tipos de estresse a que somos bombardeados a todo o momento.
Mas, o que é o estresse? Tudo a nossa volta provoca algum tipo de estímulo em nosso organismo. Estímulos são estresses. Tudo o que você está recebendo ou percebendo agora são diferentes tipos de estresses. São as percepções do que acontece ou sofre o nosso corpo e ao seu entorno. Não necessariamente bons ou ruins. A maneira como lidamos com eles e as respostas que oferecemos junto com a capacidade de suportá-los com maior ou menor intensidade é que determina sua força de interferência (para o bem ou para o mal) em nosso organismo. E o nosso sistema sensorial, composto pelos cinco sentidos (olfato, visão, audição, paladar e tato) é uma das estruturas ou mecanismo de controle – existem muitos outros – muito bem organizadas pela natureza para a percepção e pronta reação de muitos destes estresses ou percepções. Neste caso, voluntariamente, damos respostas a estes estímulos. Alguns mais sutis outros mais intensos determinarão a maneira como nosso sistema nervoso – encéfalo – através de atos pensados ou por reflexos, responderá. Outros mecanismos importantes de controle, por algum tipo percepção, são: saciedade (plenitude gástrica), temperatura (calor/frio), nível de oxigênio, pressão arterial, frequência cardíaca, ritmo respiratório, nível de glicose no plasma (sangue), reflexo emético ou faríngeo (vômito), senso vestibular (equilíbrio), coceira, nocicepção (dor), ritmo circadiano (dia/noite), propriocepção (localização dos segmentos corporais no espaço), cinestesia (percepção do movimento), mecanorrecepção (capacidade de resposta motora/muscular) e, também, nossa resposta imunitária (Sistema Imune), entre tantos outros. A grande maioria destes já é de reação involuntária, as respostas serão reflexas, comandadas pelo nosso cérebro primitivo. Mas, tudo isso está relacionado aos estresses que recebemos do mundo que nos cerca, diariamente, e a todo o momento. O estresse (estímulo) é como o mundo físico se comunica conosco, é uma resposta também física do nosso organismo a determinado estímulo apresentado. É o nosso cérebro primitivo entrando em ação.
Quando ele é mais forte que podemos suportar, nosso corpo reage de forma como fosse um ataque vital e muda a chave para o modo sobrevivência: “lutar ou fugir”. Nestes casos os estímulos podem provocar danos, algumas vezes drásticos. O nosso sistema autônomo (simpático e parassimpático) ou neurovegetativo ou ainda chamado por alguns de sistema nervoso visceral – cérebro primitivo – do nosso encéfalo (composto pelo cérebro, cerebelo e medula) é o responsável para lidar com grande parte dos estímulos (estresses) que recebemos a todo o momento e promover um estado de equilíbrio instável (homeostase) regulando as respostas fisiológicas e emocionais do nosso corpo perante determinado tipo de “agressão”. A homeostase é um processo biológico pelo qual os organismos vivos mantêm mais ou menos constantes as condições internas vitais e necessárias para a manutenção da vida. O termo é aplicado ao conjunto de processos que previnem através de regulações e adaptações as variações significativamente perigosas na fisiologia de um organismo. Assim o ambiente nos proporciona continuadamente estímulos (estresses) que recebemos e sentimos em maior ou menor intensidade provocando um desequilíbrio em diferentes sistemas fisiológicos e o nosso organismo prontamente responde adaptando-se nos colocando novamente no ponto de equilíbrio.
Os estresses estarão presentes por toda a nossa vida, nos bombardeando a todo o momento com estímulos de maior ou de menor intensidade e o nosso organismo, em constante luta, numa tentativa de oferecer uma resposta adaptativa a eles. A adaptação é, portanto, a chave para nos manter vivos. E estar saudável é a chave para uma pronta e adequada resposta adaptativa.
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