Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.
Esta semana se comemorou, na data de primeiro de setembro, o Dia do Profissional de Educação Física. Tomo a liberdade, neste artigo, de trazer um pouco desta prática profissional. Perdoem-me por esta ousadia e pouca modéstia. A intenção é de apenas revelar com maiores detalhes este maravilhoso campo do conhecimento, muitas vezes envolto por um crepúsculo e brumas de preconceitos e outras vezes por glamour e como profissional “bom vivant”. Nenhuma coisa, nem outra. A realidade geral do profissional de Educação Física, igual a tantas outras atividades, é muito dura, laboriosa e desprestigiada. Seja ele o licenciado que ministra suas aulas em colégios no ensino fundamental, médio ou em pesquisas ou o bacharel que desenvolve suas atividades nos diferentes segmentos da especialização dos movimentos corporais, práticas esportivas e também nas pesquisas. O fato é que lidar com a saúde, ainda em nossa sociedade, está relacionada à doença. Profissionais da área médica é que levam este crédito. Quando na realidade eles não tratam da saúde, e sim das doenças e dos problemas relacionados ao mau funcionamento do corpo. Quando a melhor saúde já não está mais presente.
Nosso corpo é uma “máquina”, e para tanto necessita de manutenção enquanto ainda não está danificada. E o processo mais inteligente de se cuidar de uma máquina é não a deixar dar problemas. E uma das maneiras de realizar isso, com o corpo, é através da Educação em hábitos saudáveis e das práticas de movimentos corporais adequadas. Isso é cuidar da saúde! E quem deve realizar esta manutenção é o Profissional de Educação Física. Hipócrates (460 a.C.; 370 a.C), o pai da medicina, já afirmava que “se pudéssemos dar a cada indivíduo a quantidade adequada de exercício físico, encontraríamos o caminho mais seguro para a saúde.” Não espere ficar doente para se cuidar! O processo será muito mais doloroso e caro. E um corpo saudável sempre se recupera melhor e mais rapidamente de eventuais problemas.
O Decreto de Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998, regularizou a nível federal a função do Profissional de Educação Física. A data comemorativa surgiu em memória desta conquista para os profissionais da área, através da lei nº 11.342, de 18 de agosto de 2006. A educação física começou a ser implantada nos currículos acadêmicos nas escolas primárias e secundárias em 1852, a partir do Decreto de Lei nº 630. No Art. 3º desta lei, está assim: “Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto.”
E ainda conta com a resolução n° 218, de 06 de março de 1997, do Ministério da Saúde, que reconhece a profissão dentro do setor da saúde; ou mesmo na recente resolução 391, de 26 de agosto de 2020, do Confef (Conselho Federal de Educação Física), onde dispõe aos profissional da Educação Física a autorização para o trabalho na estrutura intra e extra hospitalar. Realmente uma grande vitória e avanço, para aqueles que tratam diretamente com a Saúde.
E para dar conta, destas atividades todas, o profissional deve estar com o conhecimento em dia em diferentes áreas, que compreendem a biológica, humanas e até exatas. Como podemos constatar é, de fato, uma profissão muito ampla e de contato extremamente próximo e humanizado para com seu público. Isso certamente pode acarretar, se muito bem explorado, um tremendo impacto social e na saúde pública do país. Deveria ser muito melhor explorado e valorizado pelos órgãos públicos.
Fica evidente que a atividade não está apenas relacionada a práticas estéticas, lazer, recreação e diversão. Faz parte principalmente do cuidado antecipado com os indivíduos e sua saúde geral. E neste sentido contribui sobremaneira para a redução da procura pela assistência médico-hospitalar, principalmente no sistema público. Uma nação saudável produz mais e melhor!
PARABÉNS A TODOS OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE ELEVAM A PROFISSÃO AO PATAMAR QUE ELA MERECE ESTAR!
FAÇA A COISA CERTA!
AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!
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