O Poder do Hábito

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Por que fazemos o que fazemos na nossa vida?
Os Hábitos estão no nosso dia a dia, como escovar os dentes pela manhã ou tomar aquele cafezinho depois do almoço. O fato é que tudo acontece tão automático, que escolher entre maus e bons hábitos pode fazer total diferença.
A vida tomada por hábitos é uma vida econômica. Ela, cercada por hábitos saudáveis, torna-se econômica e com maior qualidade. Na vida cotidiana, nossa mente está acostumada a diversas práticas. Não raras vezes praticamos atos sem pensar a respeito, ou seja, muitos dos nossos hábitos estão no piloto automático, de forma condicionada. A neurociência explica, aqui de forma muito resumida: aquilo que o sistema nervoso já conhece, torna-se profundamente confortável. É a tal da zona de conforto. E nos sentimos seguros em realizar sempre da mesma maneira.
Desta maneira, tudo o que fazemos repetidamente e em um padrão específico na vida se torna um hábito. Para o cérebro, é mais fácil compreender padrões já existentes do que criar comportamentos e mecanismos novos. Assim, os hábitos surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. Afinal, seria um esforço muito grande criar novos hábitos todos os dias para tudo aquilo que fazemos, além de ser inviável e conflitante. Desta forma, uma vez que se adquire um hábito, ele não desaparece. Mas pode ser mudado!
A todo momento fazemos escolhas. A rotina faz com que utilizamos estas escolhas e atitudes em outras situações, mesmo que não tenhamos consciência disso necessariamente.
Imagine quantos hábitos possuímos e como a nossa rotina é repleta de comportamentos automáticos. Em muitos casos, temos hábitos muito antigos e resistentes, que só podem ser combatidos por novos hábitos, e também por novas rotinas. A chave de tudo está na rotina: assim que você adquire um novo hábito e o insere na rotina (o desenvolvendo repetidamente), ele se torna tão automático quanto aquele hábito antigo e muitas vezes nocivo.
Se você é sedentário e quer mudar seus hábitos de saúde, por exemplo, basta inserir na sua rotina algumas horas de exercícios físicos semanais e um novo cardápio. No começo haverá estranhamento. Depois você sabe que duas vezes por semana tem que se exercitar e que todos os dias tem que consumir determinados tipos de alimentos. Depois nem pensa mais sobre o estranhamento e entra no automático. Um estudo da Universidade de Duke (EUA), revelado no livro “O Poder do Hábito” do autor Charles Duhig, estima que mais de 40% das nossas ações diárias são hábitos, não são, portanto, decisões intencionais. Isso significa que a repetida prática de uma determinada atividade auxilia nosso cérebro a poupar esforço de forma que ele saberá se vale a pena ou não memorizar este hábito para o futuro. Quanto mais repetimos esta prática, mais reforçada ela fica.
Assim, em dado momento, os hábitos já não precisam ser pensados antes de serem executados, pois seu corpo e mente o desempenhará de forma instintiva e aquilo será parte natural da sua rotina.
Os hábitos são formados por meio de um “loop de três estágios“: a deixa (estímulo), a rotina ou atividade e a recompensa. Entender esse ciclo pode ser a chave determinante para mudar os maus hábitos ou adquirir hábitos saudáveis.
O “loop do hábito” sempre é iniciado com uma deixa, um gatilho que transfere seu cérebro para um modo que determina automaticamente qual hábito usar. É um estímulo para o cérebro identificar escolhas similares anteriormente executadas e que podem ser válidas na nova situação. O coração do hábito é uma rotina mental, emocional ou física. Quando esta ação se torna frequente no seu cotidiano, o cérebro a reconhece como a forma mais econômica e segura e desta forma, não sentimos mais inseguros e frustrados com escolhas desconhecidas, que podem gerar algum tipo de dano e ser, portanto, mais dispendiosas energeticamente. Lembre-se: nosso cérebro procura sempre o caminho de menor gasto energético! E, por fim, há uma recompensa que ajuda seu cérebro a determinar se esse loop em particular vale a pena ser lembrado. A deixa e a recompensa se tornam neurologicamente entrelaçadas, assim quanto maior a recompensa, maior será a sensação de desejo por aquela rotina. Veja que os hábitos têm uma função importante: de facilitar os mecanismos intrincados do cérebro e seus caminhos mais rápidos e econômicos.
Os hábitos também são capazes de desencadear uma sequência de mudanças positivas em outros campos das nossas vidas, esses são os chamados hábitos angulares ou hábitos mestres. E falaremos deles na próxima matéria!
FAÇA A COISA CERTA!
AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!
Contatos >>
https://www.instagram.com/sergioqualifis
https://www.facebook.com/QualiFisPersonal/

- Anuncie Aqui -