Relação Intestino e Depressão

Foto: Reprodução internet

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Havia definido para este tema, sobre o intestino, três artigos. Mas devido a enorme repercussão das matérias em minhas redes, segue este bônus. Relembrando os artigos anteriores:

(1) https://asemananews.com.br/2021/02/26/conexao-cerebro-intestino/
(2) https://asemananews.com.br/2021/03/05/microbiota-intestinal/
(3) https://asemananews.com.br/2021/03/12/o-intestino-e-a-saude-do-corpo/

Já vimos que 90% da serotonina que circula em nosso corpo é produzida no intestino. Este hormônio tem uma relação direta com a depressão. Guarde esta informação!

A depressão representa um grave problema de saúde pública, modificando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. É uma doença mais comum que aparenta ser, dispendiosa e recorrente, que afeta mais de 300 milhões de pessoas globalmente (WHO, 2017). Caracteriza-se por humor triste, vazio profundo e irritação aflorada, variações nítidas no afeto, relacionadas a alterações físicas, mentais e metabólicas, que comprometem significativamente a capacidade do indivíduo em realizar as atividades cotidianas, com diferentes aspectos de duração, origem e causas presumidas. Está associada a diferentes doenças e agravos, quando duradoura e com intensidade moderada ou grave, pode, em casos extremos, levar ao suicídio, devido ao sofrimento excessivo (WHO, 2017).

Sem um mecanismo biológico completamente estabelecido que desencadeie seus sintomas característicos, envolve diversos fatores causais, como a modificação da microbiota intestinal, a qual participa da comunicação de mão dupla do eixo intestino-cérebro. Devido ao desequilíbrio (disbiose) da flora intestinal, alterações na comunicação desse eixo podem ter uma correlação direta com patologias mentais, como a depressão. Essa microbiota, quando rica e bem povoada pelas bactérias de boa qualidade, tem o poder de reequilibrar as nossas emoções. Justamente pela produção de alguns hormônios que atuam diretamente no nosso humor.

Sabemos que a depressão é provocada por alterações químicas. Basicamente, seus neurotransmissores (substâncias que fazem a ponte entre os neurônios e criam conexões como sensação de alegria, vontade, garra e empatia) param de funcionar. Serotonina e noradrenalina são os neurotransmissores mais comprometidos entre os deprimidos. Em menor proporção, a dopamina também pode ter sua ação prejudicada. Infelizmente, não é somente uma alteração do humor ou estado de espírito. Como os hormônios tem o poder de sinalizar ações em diferentes órgãos e tecidos, tudo entra em colapso!

Há quem aponte as mudanças do cotidiano e as cobranças exageradas da sociedade como principais causas da depressão: o imediatismo, a ansiedade, a velocidade para se realizar algo, o sucesso obrigatório e até mesmo o uso de redes sociais. No entanto, nossos hábitos também influenciam amplamente nessa situação. Isso inclui a alimentação, cada vez mais artificial, industrializada, rápida, processada desde o início da vida e repleta de produtos químicos e agrotóxicos. Isso tudo altera o equilíbrio da flora intestinal, desencadeando o prejuízo na fabricação de substâncias importantes, como a Serotonina.

A microbiota intestinal é a responsável por degradar os nutrientes originados dos alimentos, formando o pH ideal para a conversão de uma substância chamada 5-hidroxitriptofano em Serotonina. Isso quando está equilibrada.

No entanto, quando o indivíduo apresenta a disbiose intestinal, ocorre uma suspensão dessa conversão. Essa mudança causa a queda da produção e circulação da Serotonina no corpo, originando distúrbios comportamentais e emocionais. Assim, mudanças súbitas de humor e de personalidade podem ter sua origem no intestino.

Desta maneira fica evidente que somente uma intervenção medicamentosa, focada exclusivamente no cérebro, não adiantará. Pois a causa da doença não está lá! Melhorar a alimentação com comida de verdade será fundamental neste processo: mais vegetais, fibras, frutas vermelhas, castanhas, nozes, ovos, peixes de água fria, azeite de oliva (extra virgem) e muita água. E entre as refeições procure se movimentar mais!

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