Por Eliane Malpighi
Relendo Mateus 9 (18-26), quando um dos líderes da sinagoga procurou Jesus e disse: “Minha filha acabou de morrer, mas, se o Senhor impuser as mãos sobre ela, tenho certeza de que ela viverá.”! Fiquei pensando em quantas situações de aparente morte – de sonhos, expectativas pessoais, relacionais, ministeriais, profissionais – não vivenciamos, muitas vezes permitindo que a aflição e a angústia invadam furiosamente a nossa alma e não nos permitindo tomar a mesma atitude que aquele pai: BUSCAR SOCORRO EM JESUS! O texto segue contando que Jesus acompanhou aquele homem, que como nós em alguns momentos, devia ter no coração a pressa e a urgência da sua resposta, PORÉM, no caminho, Jesus faz uma parada, também estratégica, para dar atenção à mulher que movida por uma fé intensa e genuína, apenas toca na veste de Jesus – que sentiu sair dele poder – acreditando que seria curada da hemorragia que a consumia há 12 anos. E foi! Ainda que esse momento possa ter sido rápido, deve ter parecido durar longas horas para aquele pai aflito. Mas subentende-se que ele aguardou confiante a retomada da caminhada, afinal, era Jesus que estava ao lado dele. De repente, ao chegarem ao tão esperado destino havia uma multidão agitada, exalando a notícia que nem ele e nem nós gostaríamos de ouvir: a morte foi mais rápida! Entretanto, Jesus, Autor e Consumador da vida, permanecia ao lado dele, e se livrou das pessoas dizendo: “Saiam! A menina não está morta, mas dorme”. Todos começaram a rir dele. Depois que a multidão se afastou, ele entrou e tomou a menina pela mão, e ela se levantou.”. E me pergunto: Porque Jesus, sendo o mesmo e me amando como me ama, estando e permanecendo ao meu lado diariamente, não me pegará pela mão ressuscitando o que parecia morto se, como aquele pai, eu correr até ele, confiando e crendo, perseverando na esperança e na manifestação do seu tempo e modo de agir, mesmo e ainda que uma multidão esteja me olhando com cara de enterro?
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