Disciplinar e discipular

Foto: Reprodução

Por Luiz Gustavo

É interessante pensar sobre como essas duas palavras são ligadas de forma íntima uma com a outra. A disciplina é o treino para cultivo da mente e o coração, exercendo força para domínio das paixões e razões para levantar motivos quando assolado pelo desânimo. Disciplina gera ordem e correção para aquilo que está fora do eixo. É a instrução comportamental para chegar a determinado propósito. Matéria a ser ensinada.
Se disciplina é a matéria a ser ensinada, discípulo é o componente a ser moldado. Não há discípulos sem disciplina. Portanto, quando Jesus faz discípulos, Ele está ordenando que tenhamos uma vida totalmente entregue em suas mãos. Uma vida lançada sobre sua soberana disciplina (viva, descrita e pulsante na Bíblia). Ser cristão é mais do que frequentar uma Igreja, ser cristão é ser discípulo de Cristo que é o Verbo vivo – o Senhor sobre nossas vidas, amor que corrige e mãos que nos moldam.
Temos a tendência de seguir os nossos próprios caminhos, pois a Palavra de Deus diz que o coração do homem é inclinado as suas próprias imaginações. Imaginações (At 17.29) essas que são levadas por qualquer emoção momentânea, “como ondas sendo levadas por qualquer vento’’ (Tg 1.6) assim é o coração humano sem disciplina. Não devemos seguir nossos instintos emotivos e sim a Palavra de Deus mediante a fé. A Palavra de Deus é a correção sobre os nossos corações enganosos – correção para a moral caída do homem.
Jesus chama para o discipulado porque é preciso dar forma ao nosso novo ‘’eu’’ que seremos em Cristo Jesus. Ser discípulo de Jesus é confiar n’Ele e não em nós. E para isso é preciso lançar fora todo e qualquer resquício do velho homem que há em nós, e isso não virá sem dores ou sacrifícios. Para viver algo novo é preciso se desfazer do velho. Somo como vasos de barros na mão do oleiro, tomando a forma que o Discipulador deseja e não como nós desejamos. Ele é a mão que toma ou tira o que bem desejar desse vaso até que chegue no ponto correto de amadurecimento para que, enfim, seja depositado o “tesouro’’ sobre o recipiente que resiste perante todas as etapas disciplinares. Jesus nos ama, mas o seu amor nos transforma e se você não tem sido transformado, é você que não está correspondendo a este amor.

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.’’
2 Coríntios 4.7

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