Vestimos a máscara da carne

Por Luiz Gustavo

A realidade é como uma cortina, um véu que esconde os bastidores do Absoluto, onde um dia as máscaras serão deixadas e enfim veremos a Verdadeira Luz em sua totalidade. Não importa o quão sólido seja o toque neste mundo, tudo é como um véu que esconde a verdadeira face da Glória Duradoura. A maciez deste “tecido” que os anos cobrem com poeira e morte nunca será comparada ao conforto desta tão sonhada Manta Sublime que foi paga a preço de sangue.

Os finos fios que tecem essa existência visível e que nos separam do Jardim Eterno, vez ou outra deixam escapar alguns desses fascinantes feixes dourados de Vida Eterna por entre suas frestas intransponíveis. Raios celestes que apontam como carruagens da Verdade, carregando em si a saciedade da Santa Presença que consola o meu espírito aflito.

O mundo, como os nossos olhos veem, são apenas como tecidos de seda que tentam esconder os raios quentes provenientes do Sol de Todo o Sempre. Somos peregrinos em terra estranha com saudades de um lugar que nunca colocamos o pé, mas que – pela fé em Cristo – carregamos conosco.

“Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas.” — 2Co 4:16-18

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