Campo dourado, inimigo infiltrado…

Foto: Reprodução

Por Julio Lima

A parábola do joio e do trigo traz em si uma reflexão profunda sobre o funcionamento de uma guerra nas regiões espirituais, bem como a maneira que devemos nos portar diante dos ataques advindos desse campo de batalha para além do nosso plano físico. Por último, mas não menos importante, ela elucida um pouco sobre a forma como nosso inimigo age de forma minuciosa.
Inicialmente, o Reino é comparado a uma semente, que por sua vez tem a característica de se desenvolver e produzir algo benéfico. Uma vez lançada no solo adequado, ou seja, possuindo os nutrientes corretos e devidamente preparado, esse processo se inicia, e o trigo começa a crescer.
Ardilosamente, o inimigo lança sementes de joio, uma planta idêntica ao trigo, porém, sem os benefícios do segundo, que na estação certa, será guardado em celeiros e servirá de alimento para pessoas e animais, além de ser parte do novo processo de plantio.
O joio não pode ser simplesmente arrancado, pois suas raízes estarão emaranhadas nas raízes de trigo, o que causaria perda total à plantação caso um agricultor inexperiente, e deveras ingênuo resolvesse arrancar a erva sem nenhuma utilidade. Com a situação descrita, podemos fazer uma análise detalhada sobre a intenção maléfica do inimigo.
Primeiramente, Satanás tentará lançar suas sementes enquanto àqueles cuja tarefa era vigiar a plantação se encontrarem dormindo, ou seja, não exercendo a tarefa outrora delegada a eles. Esse ponto nada tem a ver com descanso físico, mas sim com momentos onde nosso discernimento se encontra enfraquecido, dessa forma, podemos ser tomados por pensamentos e posturas indevidos, dando posteriormente a chance para que algo não tão proveitoso cresça imperceptível entre coisas boas.
Em segundo lugar, o joio apresenta características duplamente prejudiciais ao trigo. Suas raízes que se entrelaçam entre as de trigo, dessa forma, disputando nutrientes de forma ferrenha, além de ocupar espaço num terreno que deveria ser completamente destinado a uma planta proveitosa. E em segundo lugar, a dificuldade de identificação antes do momento da colheita, tornando esse revés ainda mais complexo.
Fato é que no fim do processo, perceber que boa parte da plantação não poderá servir de alimento, causará uma considerável frustração, já que tempo e energia foram demandados para cuidar de algo que será destinado ao fogo.
Com base nessa mensagem, precisamos estar conscientes, atentos, para que por engano não estejamos cultivando coisas que inicialmente podem parecer agradáveis aos olhos, afinal, independente de joio ou trigo, para olhares desatentos, tudo que se vê é um vasto campo tomado pela plantação, mas no fim, parte dela trará decepção. É de suma importância estarmos sempre em guarda para que apenas as sementes excelentes prosperem no campo, a fim de que a colheita atinja vidas, em forma de alimento nutritivo e fortalecedor, e dessa forma, o Reino avance e multiplique sem limites.

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