Reino paradoxal

Foto: Reprodução

Por Ingridy Pain

Há uma realidade oposta e paradoxal em viver o que está na palavra. Algo totalmente diferente da nossa cultura, tanto em essência quanto em poder. Nos é ensinado enquanto cultura que devemos receber, viver como o coração nos guia, tirar proveito de toda e qualquer circunstância, ser visto, ser honrado, ser admirado, ter muitas coisas, construir impérios, viver o hoje e valorizar o ego.
Jesus trouxe uma mensagem totalmente paradoxal e de ponta cabeça com aquilo que vemos durante os séculos. A simplicidade das Suas palavras traz a eternidade do valor em Seu coração. Morrer para viver, perder a vida para encontrá-la, dar sem intenção de receber, servir a todos para que seja grande, renunciar a tudo para que tenha algo de real valor, priorizar o outro como a si mesmo, entre tantos outros exemplos profundos de amor e altruísmo. Sua cultura eterna lhe custou uma morte cruel e mesmo assim Ele não mudou os seus sermões e não tirou uma vírgula dos seus discursos. Diante de ameaças, repreensões, traições e falsidades combateu honrosamente a cultura que veio estabelecer. Chamou a todos para que entendessem a preciosidade de viver, desde as vísceras, o verdadeiro evangelho.
Como diz em Apocalipse 10:10 “Tomei o livrinho do anjo e o devorei, e, na minha boca era doce como o mel, quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.” A palavra é boa de ouvir, mas no íntimo confronta, amarga o auto comodismo, liberta das prisões, mata desejos que nos matam aos poucos, ela faz (com sua vida própria) aquilo que homem nenhum pode fazer no coração humano, por isso o paradoxo é ainda mais intenso do que aparenta.
Jesus, o Cristo, morreu para que pudéssemos acessar essa cultura perfeita e deixou claro que não seria fácil, mas que estaria presente em todos os momentos. E mais, a recompensa de viver esse tempo presente na contracultura do mundo nos renderá uma vida verdadeiramente linda ao lado de um Rei perfeito que vive para sempre.

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