A eternidade num abraço

Por Luiz Gustavo

Rimos. Aproveitamos. Sonhamos. Realizamos — os dias passam de modo tão rápido e num piscar de olhos, o momento (e a vida) passa. A vida abrange tantos sentimentos e ações e com isso eu me pergunto: será que temos tempo? Tempo para fazer tudo o que devemos fazer, rir tudo o que temos para rir, fazer ou realizar tudo o que sonhamos fazer?

Há tantas saudades que levamos no peito que esquecemos de aliviá-la (ou expressá-la) com quem amamos, no devido tempo. Mas quando é o “devido tempo”? Mas é ao tentar encontrá-lo, que o perdemos. Tenho o costume de dizer que “eu sou todo saudades” — dos meus amigos, da minha casa, da minha noiva e da minha casa celeste nos céus, em Jesus. Uma verdade é certa, somos peregrinos deste mundo e o nosso dever é usufruir tudo o que Jesus nos concedeu mediante a sua obra na cruz, sem que o usufruir usufrua de nós.

O que eu aprendo com isso é que a cada passo dado, será um passo e um momento único, imutável e irretratável. Portanto, não há tempo para estar e amar. Porque a todo momento é o momento de ser, fazer e amar. Amar, não por questões de sentimentos, mas por ações — um abraço, uma palavra falada, um ato dado. Algo que seja importante para você assim como você é importante para alguém.

Amor, que na sua raiz bíblica é doar, ensina-me que eu preciso estar constantemente me doando, pois se Cristo é a minha fonte, o seu amor em e através de mim, é inesgotável — para com a vida, para com outros e para comigo, principalmente. Amar-me como eu me conheço da maneira que somente eu conheço, requer um amor titânico que eu sei, somente Jesus possui. Ao ponto que me revisto robustamente desse amor, percebo que também sou amado vulneravelmente por este mesmo amor. Cristo em nós é Cristo em todos — Somos peregrinos que o temos e que andamos para Ele com quem está n’Ele, unidos n’Ele. Temos tudo somente quando temos a Cristo e com isso eu me recordo que o amor não acaba e que a saudades também — de todos a quem o tem e d’Ele que também nos tem. O tempo (e o amor), portanto, é de agora para a eternidade, com todos que estão em eternidade! “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” — Colossenses 3.14

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