Você está perdendo a sua força muscular?

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Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.

Movimento! É o que nos mantém vivos com independência ou sem auxílios diretos ou indiretos de terceiros ou acessórios! Afinal, comer, respirar, deslocar, trabalhar, relacionar, brincar, exercitar, tudo depende de ações musculares que definem o tipo, a natureza e a intensidade do movimento desejado. Ações corporais naturais e necessárias no dia a dia como caminhar, correr, agachar, levantar, abaixar, puxar, empurrar, segurar, agarrar, elevar, pular, saltar, arremessar, transportar, só são possíveis com as ações musculares suficientemente adequadas na sua capacidade de produzir força, velocidade e consequentemente potência (potência é o produto da força pela velocidade).  Além disso, os músculos têm como função a sustentação, a estabilização corporal, regular os volumes dos órgãos, na respiração, na produção de calor e ainda auxiliam a movimentar substâncias sólidas (sistema digestório) e líquidas no corpo como o sangue, a linfa (líquido que circula pelo sistema linfático) e a urina. E muito importante: Músculos fortes, ossos fortes!

Com o passar dos anos nosso corpo acaba naturalmente, pela senescência (processo natural de envelhecimento), a perder força (dinapenia), velocidade e potência, pelo envelhecimento de todo o nosso sistema neuronal (relativo aos neurônios) e sua capacidade de conduzir os estímulos nervosos (impulsos elétricos) numa velocidade e frequência adequada e, consequentemente, exigindo menor poder de contração muscular, ocasionando uma diminuição da massa muscular (sarcopenia) que prejudica sobremaneira a saúde e qualidade de vida. Desta forma, menores os estímulos neurais encaminhados para o músculo, menos capacidade de realizar trabalho (movimento). E quanto menos movimentos realizamos, adaptamos o músculo somente para a execução suficientemente necessária para esse estímulo. E desta maneira perdemos massa muscular. Nosso organismo sempre trabalha metabolicamente e fisiologicamente no modo econômico. E isso se torna um ciclo vicioso. E não queremos que isso aconteça, não é mesmo?  Menos músculos e menor capacidade na produção de força, velocidade e potência, menores as ações e gestos motores vigorosos em movimentos fundamentais para a manutenção e segurança de uma vida plena e independente.

É sabido que, em geral, após a quinta década de vida, perdemos entre 1% e 2% da massa muscular por ano, mas nem sempre a velhice é a causadora direta da sarcopenia/dinapenia, fatores importantes associados aos seus aparecimentos podem acelerar o fenômeno. Como todo processo relacionado ao envelhecimento, a perda de massa muscular tem sua gênese genética e nas alterações fisiológicas, metabólicas e neuronais que ocorrem naturalmente ao longo dos anos. Mas envelhecer não significa ter que perder saúde e qualidade de vida! É possível ter uma vida mais longa e saudável! Nossos hábitos e estilo de vida interferem positivamente ou negativamente (acelerando ou retardando) aquelas alterações. E fatores como má alimentação, inatividade corporal, sono irregular, estresse elevado, tabagismo e álcool tem relevância nesse processo deletério. Doenças crônicas, hospitalizações, acidentes, cirurgias e imobilizações também podem ocasionar o problema de forma aguda (pontual e em qualquer época) ou acelerar o processo de forma crônica (“permanente”) já em idade maios avançada. E quanto menos músculo o indivíduo possui, menores são sua força e funcionalidade, o que contribui em dificuldade para caminhar, um maior risco para desequilíbrios, tropeços, quedas, fraturas e hospitalizações recorrentes. Podendo até limitar atividades essenciais do dia a dia como fazer compras, arrumar a casa e, num extremo, de tomar banho, fazer as necessidades de urinar e defecar ou simplesmente de se levantar da cama, cadeira ou sofá. À medida que a massa muscular atrofia e o indivíduo passa a ter maior risco de quedas, a necessidade de andar com o apoio de alguém, de uma bengala ou de cadeira de rodas, passa a ser fundamental para a segurança. E invariavelmente mudanças na composição, estética e funcionalidade mobiliária da residência se farão necessárias. Isso tudo pode ser destrutivo para a autoestima e confiança do indivíduo que, ainda, terá de conviver com dores recorrentes pelo corpo, provocadas não só pelo desgaste dos ossos e articulações, mas também pela falta de músculos que auxiliam na estabilização das articulações do corpo.

A queda dos níveis de testosterona é outro importante fator que impacta na síntese de proteína, fundamental para a formação dos músculos (desenvolverei um artigo específico sobre esse assunto).

Mais cedo ou mais tarde, chegando a viver mais, essa condição será inevitável e irá atingir todos nós em algum momento, em maior ou menor grau, porém a prática regular de exercícios físicos moderados a vigorosos, orientados e específicos, pode evitar que a perda de força e massa magra seja rápida, drástica e prejudicial. E esse é o principal fator para combater com eficácia a dinapenia/sarcopenia. Movimento é vida! Pratique essa ideia! Converse com o seu Professor de Educação Física!

Também é muito importante manter o acompanhamento com o clínico geral ou geriatra, para que exames de rotina e check ups sejam feitos para identificar e tratar possíveis doenças que podem piorar a perda de massa magra, como diabetes, hipotireoidismo, doenças do estômago, intestino e relacionadas à imunidade, por exemplo.

AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!

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